BRANCO OU AUGUSTO? A DUPLICIDADE EM CENA - O PALHAÇO EM “ESTADO” DE “TRANSFORMAÇÃO”.
Resumo: Esta dissertação de mestrado trabalha a questão dos “tipos” clássicos do palhaço pelos conhecimentos da área circense, e da atuação (prática e teórica) do nariz vermelho no teatro; através da análise de teorias e dos exemplos práticos analisados (a “Força hercúlea” de “A.la.pi.pe.tuá!!” e “Abelha, abelhinha” de “Reprisantes”). Apoiando-se, principalmente, nos estudos de Mario Bolognesi e Luís Otávio Burnier; incorporando, desta maneira, palavras/conceitos que deram significado ao subtítulo deste trabalho: “transformação” e “estado”. Discute também, a representatividade do palhaço como símbolo do homem em cena; fundamentado em análises sobre as teorias de Raymond Williams, Jean Chevalier, Mikhail Bakhtin, Junito de Souza Brandão, John Rudlin entre outros. Através dos recortes aplicados, é estudado o jogo de relações do palhaço, e a formulação da “duplicidade”, branco e augusto. Para isso, foram fundamentais os entendimentos sobre as teorias e práticas de Ricardo Puccetti, Lily Curcio, Abel Saavedra, Paulo Merísio, Ermínia Silva, Joice Brondani, Alice Viveiros de Castro, Renato Ferracine, Juliana Jardim, Roberto Ruiz, Narciso Telles, Rose Battistella, Michael Chekhov, Humberto Marques Ribeiro e Ésio Magalhães; a prática clownesca e teatral formam a base fundamental deste trabalho. Por isso, os entendimentos sobre arte, cultura e sociedade nortearam a pesquisa. Buscando interdisciplinaridade entre as áreas de conhecimento e alimentado por conceitos como “transformação”, “estado de interpretação”, “Residual”, “Alma e personalidade”, “verdade” e “lógica própria” aplicados ao trabalho de clown, esta dissertação promove discussões que revelam práticas e teorias teatrais e circenses.