APRENDER MÚSICA FAZENDO ARRANJO A QUATRO MÃOS POR DUAS ESTUDANTES DE PIANO DE NÍVEL TÉCNICO DO CONSERVATÓRIO ESTADUAL DE MÚSICA CORA PAVAN CAPPARELLI DE UBERLÂNDIA/MG

Discente: 
Jane Finotti Rezende Luz
Tipo: 
Dissertação
Curso: 
Programa Pós-Graduação em Artes
Data da Defesa: 
Mon, 05/27/2013
Palavra Chave: 
Educação Musical. Criação de arranjo de música a quatro mãos. Aprendizagens musicais

Resumo: As relações entre aprender música e o fazer arranjo a quatro mãos para piano é o objeto de estudo dessa pesquisa que se fundamentou na compreensão da música e dos modos de aprender e fazer arranjos como um fenômeno sociocultural e considerou a forma como os sujeitos da pesquisa escolhem, vivenciam e criam músicas. A questão que me dispus a investigar foi: Como duas estudantes do Nível Técnico do Conservatório Estadual de Música Cora Pavan Capparelli de Uberlândia/MG aprendem música fazendo um arranjo para piano a quatro mãos? Esta questão se desdobrou em outras no processo de aproximar o objeto do campo empírico: Pode ser o arranjo, um processo de criação? Em que situações e contextos da criação do arranjo podem ser desveladas aprendizagens musicais? Quais modos de aprender podem ser observados? Essas questões representam algumas indicações acerca das minhas principais preocupações e interesses com o tema. Os sujeitos colaboradores são estudantes de piano do curso de Nível Técnico, do Conservatório Estadual de Música Cora Pavan Capparelli de Uberlândia (CMCPC) que aceitaram participar da pesquisa. Para compreender essas relações houve o diálogo entre a Educação Musical, outras áreas de conhecimento e a prática musical de fazer arranjo a quatro mãos. O trabalho apoiou-se na articulação da pesquisa teórica de conceitos relacionados ao tema com os dados trazidos do campo empírico, fazendo com que minhas reflexões ficassem fundamentadas no exercício do olhar mais significativo quanto às aprendizagens das estudantes ao fazer o arranjo a quatro mãos. A pesquisa partiu da minha experiência de professora de piano, e ao ser revisada nesse relatório final, se mostrou aberta e com novas questões para pesquisas futuras, pois vislumbrei que as categorias construídas no trabalho podem ser ampliadas e entrecruzadas por dimensões diversificadas e contextualizadas do aprender música. A experiência particular que vivi na pesquisa reforçou a necessidade do olhar crítico para a formação dos jovens no âmbito da prática da criação musical. “Aprender ao fazer pesquisa” foi o que mais me entusiasmou nessa atividade. Pude compreender a aprendizagem em sentidos mais amplos que o conceito trabalha e me enxergar melhor na atividade docente por meio da investigação científica. Os resultados dos dados mostraram modos de aprendizagens com respostas dialógicas, emocionais, intelectuais e reflexivas, abordando os significados criados no exercício de fazer o arranjo pelas estudantes. A relevância da pesquisa está em poder colaborar para que se avance na perspectiva da construção de um ambiente no Conservatório que seja criador de possibilidades de uma intervenção mais ampla de Educação Musical.

Banca/Orientador(es): 
Profª. Drª. Sônia Tereza da Silva Ribeiro (UFU)
Banca / Examinador(es): 
Prof. Dr. José Soares de Deus (UFU) Profª. Drª. Regina Finck Schambeck (UDESC)